sexta-feira, 16 de maio de 2008

Devaneios.

Não pensei que ver-te apenas uma vez que fosse atormentaria tanto minh’alma. Se antes da tua vinda meu corpo já se encontrava irrequieto e minha mente a alimentar loucuras, agora minha carne queima em brasa e minha mente sai de si. Relembrando e imaginando teu toque vou de encontro ao inferno, pois não há nada, senão teu corpo, que consiga expurgar de mim tamanho desejo. Tua língua lasciva percorre com delicadeza os caminhos que teus membros fortes friccionam com luxúria. Tua boca, perigosa, vem de encontro a mim com beijos delirantes, palavras delinqüentes e mordidas que...Meu Deus! Ajuda-me! Não sou mais dona de mim! Só de imaginar aquelas mãos grandes, pesadas, violentamente deliciosas, invadindo meu corpo, despindo-me de roupa e pudor... Aquela barba semicerrada machucando de prazer minha tez alva e delicada... Aquele corpo, que parece esculpido à mão de tão perfeito, encaixando-se no meu em cada curva e depressão. Aquele cheiro libidinoso me impregnando as narinas e tirando-me os últimos resquícios de sanidade e auto-controle... O tempo, de tão insignificante, não é mais nem lembrança e meu corpo sempre tão fiel aos ritmos e desejos do dele, compartilha não somente o rubor de sua face como o sangue de prazer que dele jorra.