quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

" You're a living reminder of every failure in my life. And that's not your fault. And if I thought 'I'm sorry' would hold any meaning for you at all, I'd say it. I'd say it a thousand times a day. "

terça-feira, 15 de julho de 2008

Eu quero...

Eu quero aprender francês, alemão, italiano, inglês e latim. Quero aprender a tocar violino, guitarra, violão, piano e bateria. Quero ler o máximo de livros que puder. Quero viajar, morar em algum lugar da Europa, ir para onde ninguém me conheça e eu não conheça ninguém. Quero um apartamentinho minúsculo, com poucos móveis, pouca iluminação, todo em tons sóbrios, uma parede com a imagem em preto e branco de alguma praça vazia no outono, um sofá de couro preto (falso, é lógico), uma mesinha baixinha no centro da sala, onde eu possa fazer minhas refeições sentada no chão... Quero poder passar dias e dias sozinha (preciso e gosto da solidão), mas quero também ter alguém para ligar certo dia e roubá-lo para para ir tomar um gostoso e cremoso cappuccino e comer um levíssimo e macio muffin com gotas de chocolate, conversando sobre trivialidades ou divagando sobre as teorias do universo, sobre a morte, o comportamento humano... Quero que todos que já me fizeram algum mal, intencionalmente ou não, sejam felizes e realizados. Quero um banho de chuva, para lavar o corpo e a alma. Quero cursar gastronomia, moda, fotografia e arquitetura, por prazer, apenas. Quero tantas e tantas coisas...mas nada do que eu quero é inexequível.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Devaneios.

Não pensei que ver-te apenas uma vez que fosse atormentaria tanto minh’alma. Se antes da tua vinda meu corpo já se encontrava irrequieto e minha mente a alimentar loucuras, agora minha carne queima em brasa e minha mente sai de si. Relembrando e imaginando teu toque vou de encontro ao inferno, pois não há nada, senão teu corpo, que consiga expurgar de mim tamanho desejo. Tua língua lasciva percorre com delicadeza os caminhos que teus membros fortes friccionam com luxúria. Tua boca, perigosa, vem de encontro a mim com beijos delirantes, palavras delinqüentes e mordidas que...Meu Deus! Ajuda-me! Não sou mais dona de mim! Só de imaginar aquelas mãos grandes, pesadas, violentamente deliciosas, invadindo meu corpo, despindo-me de roupa e pudor... Aquela barba semicerrada machucando de prazer minha tez alva e delicada... Aquele corpo, que parece esculpido à mão de tão perfeito, encaixando-se no meu em cada curva e depressão. Aquele cheiro libidinoso me impregnando as narinas e tirando-me os últimos resquícios de sanidade e auto-controle... O tempo, de tão insignificante, não é mais nem lembrança e meu corpo sempre tão fiel aos ritmos e desejos do dele, compartilha não somente o rubor de sua face como o sangue de prazer que dele jorra.

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Prazer, do Lat. placere.


Os corpos unidos em um movimento ritmado.

Não era o vai-e-vem apressado e frenético,

daqueles que não sabem aproveitar os prazeres

dos pormenores, e sim uma busca, uma ânsia,

pela liberdade de seus desejos.

O medo a muito se recolhera.

Ela lhe devorava o corpo; a respiração; os sentimentos;

As contrações; o espírito; cada centímetro de pele.

Afloravam os sentidos, permitiam os extintos.

Ela lhe dava prazer, ela sentia prazer.

E diante dos corpos, entumecidos e ardentes,

vergonha e idade inexistiam.


30/01/2008

sábado, 19 de janeiro de 2008

Casacos de pele.

O link abaixo é de um vídeo interessante sobre casacos de pele, mais precisamente o seu 'modo de preparo'. Vale ressaltar que esse é apenas UM método de extração de peles (outro exemplo é quando eletrocutam), como também UM só método de tortura. Outros, além desses, existem (vivissecção, touradas, brigas de galo, lutas forçadas entre cães...), cabe a nós fugirmos da ignorância e adquirirmos conhecimento sobre eles para evitarmos grandes sofrimentos em vão.

Link: http://www.strasbourgcurieux.com/fourrure

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Visões da febre.

' Doente. Sinto-me com febre e com delírio
Enche-se o quarto de fantasmas
Uma visão desenha-se ante mim
Debruça-se de leve…

É uma mulher de sonho e suavidade
E disse-me baixinho:
“Eu me chamo Saudade,
E venho para levar-te o coração doente!

Não sofrerás mais; serás fria como o gelo;
Neste mundo de infâmia o que é que importa sê-lo
Nunca tu chorarás por tudo mais que vejas!”

E abriu-me o seio; tirou-me o coração
Despedaçado já sem uma palpitação,

Beijou-me e disse "Adeus!" E eu: "Bendita sejas!…" '

- Florbela Espanca.